domingo, 6 de fevereiro de 2011

Ótima reflexão - Rodrigo Machado

Caros companheiros de turma

Desculpem o desabafo sincero de um companheiro de turma que, devido alguns acontecimentos, creio que, passageiros, tornou-se um pouco pais sensivel com algumas questoes; pois bem, é engraçado, talvez pouca gente da turma saiba mas entre vários bizuleus que eu estudo em meus percursos historicos, um tema pouco pesquisado no brasil, mas, que mesmo assim, conta com uma associação,consegue promover congressos, que é a História da Morte....pesado, não é mesmo? Ao contrário do meu caro Loreiro com seus comerciantezinhos do Porto do Rio de Janeiro do séc XIX....rs...eu tenho percorrido boa parte do mundo, durante as férias, para pesquisar cemiterios....conheço praticamente todos da europa e do norte da Africa, tudo fotografado, catalogado, provavelmente material a ser usado em minha tese de doutorado...nisso estou atrasado em relação ao Loureirão, pois so defendo no fim do ano minha dissertação de mestrado, coisa que nosso irmão já fez e, de maneira tão brilhante, que poucos devem saber , foi aprovada com louvor pela banca de doutores da UFRJ e indicada para publicação...eu, pois bem, mais bizulento como sempre, fui para esse ramo ainda pouco definido, entre a psicologia, a etnologia etc. que o grande Jacques Le Goff deu o nome de antropologia política histórica....

Pois bem, tirando esse bizuleu de lado, quando vou apresentar resultados das pesquisas em congressos, sempre me perguntam a respeito do mal estar diante da morte....pois bem, vou me furtar aqui a toda uma explicação historica das posturas do homem diante da morte, que mudaram tanto, onde a morte era antes algo ate desejavel, ou no minimo aceita sem o menor problema, com festas, feiras medievais acontecendo dentro do cemiterio ou, ainda, até hoje no maior cemiterio da America Latina, o de Vila Formosa em SP, que e usado como espaço de socialização,etc.

Bem, sei que alguns como o Caverna e o Villardi já abandonaram o barco, e estou escrevendo isso so para comprovar....mas aqueles que se seguem, dessa postura o homem passou a outra de que o morto deve ficar fora das vistas, cemiterio, morte, etc, são coisas que nao se tocam, nao se fala, somos pegos de surpresa.....e assim, fui pego duas vezes, com companheiros de nossa turma...na primeira, com o camarada Victor Hugo, a segunda, com nosso amigo Garrido....pois bem, a esse ultimo eu nao pude comparecer ao enterro por estar, mais uma vez, participando do Congresso Europeu de Estudos Cemiteriais, que estava ocorrendo na cidade de Guimarães em Portugal.....pois bem, mas daquele, tive a infelicidade (??????) de comparecer....

Uma coisa que muitos confundem, e que , nao e por estudar o comportamento humano diante da morte que, necessariamente goste de defuntos....muitos confundem, e alguns que sabem que estudo isso, vivem me mandando fotos de mortes violentas, etc....rs....bem, nao que nao existam pesquisadores da morte que se interessem por esse aspecto, podendo se dizer ate em uma necrofilia historica.....

Onde eu quero chegar.....apesar de adorar cemiterio, eu detesto olhar defunto por que , desde criança, sempre me choquei e me intriguei com aquela imagem da pessoa morta....pensava cmg, putz, daqui há uns anos será meus pais ali,sobretudo eu que tenho muitos tios e primos, e um unico jazigo para familia, ambas as duas, de meu pai e de minha mae, uma no cemiterio do cacuia, na Ilha,outro no de Inhauma, lugares aos quais, desde a infancia, eu ia vendo aquele rodizio: um tio no caixão, uns primos chorando muito mais do que os outros, filhos do finado...aquilo me fazia vizualizar que um dia a roda cairia em mim, e seria meus pais ali e eu chorando....e ainda havia a possibilidade inversa, descobri eu depois, quando há pouco tempo um primo, passional como lhe permite a adolescencia, matou a namorada e se matou, furando a fila de alguns tios que estão por aí, um tendo morrido essa semana e o que levou a toda essa reflexao....

Pois bem, no dia do enterro do camarada Victor Hugo, um companheiro de turma me abraçou e disse: vamos la dentro ver nosso amigo.....e putz,fiquei na merda sem saber o que dizer....pois, meu grande problema com corpos, como dizia, era que eu sempre ficava com o rosto do defunto cravado em minha mente por dias, semanas, as vezes anos, dependendo do choque que a sua morte me causou, como foi de nosso amigo, vendo que sim, aquele grupo de imortais garotos que haviam saido da EN havia pouco, muitos acreditando serem os picas da galaxia, também morriam.....

E não apenas isso....como acompanhei o enterro, lembro me de ter gravado a cena e mais ou menos sei, quando passo todo dia pela linha vermelha e me pego no engarrafamento da manha, e fico observando a, para mim, bela imagem do cemiterio do Caju, onde ao longe enxergo o espaço usado pela prefeitura do rio usada para enterrar as pessoas que morreram as pencas com a gripe espanhola e outras curiosidades historicas, sempre mapeio o lugar que nosso irmão esta enterrado, e aquilo e como se fosse um soco diario no estomag a me dizer: Rodrigo ( ou Bigorna, para quem nao esta ligando o nome a pessoa), vc não é eterno...e nos somos realmente mortais....e pior, pode acontecer a qualquer momento

Aos que tiveram saco de continuar ate aqui, logo explico.....a semana que passou, tive uma pequena discussao, daquelas que so o Garcez sabe como eu tenho, e que já se tornaram lendarias na DHN, com um oficial devido a questao da arrogancia, da falda de humildade, de algumas pessoas, e que parece que se prolifera nas FFAA de maneira gritante.....isso ocorreu essa segunda....na terca meu tio morreu, e quarta estava eu no cemiterio de Inhauma onde, para alguns que com certeza nao sabem, há um pequeno cemiterio brilhantemente estudado em um livro da historiadora Beatriz Kushnir ( http://polacas.blogspot.com/), oriunda de sua defesa de dissertação em historia pela UFF, e que se trata do unico caso em que um grupo de putas judiais, proibidas de serem enterradas nos outros cemiterios, criarão uma associação de ajuda mutua para comprarem o terreno do cemiterio, as despesas,etc...isso bem antes da hj tão badalada DASPU.....cemiterio ainda onde esta enterrada Tania Maia, caso celebre da literatura policial do Rio de Janeiro, vítima da famosa Fera da Penha, e que virou um santuario popular, tb estudado em muitas teses.....assim seguia eu o enterro do meu tio, quando, observando algumas sepulturas daquelas tipo gaveta, observei que havia um almirante, com uma bela foto cheia de medalhas, e, logo ao lado, um Zé Ninguem daqueles bem cascorentos.....rs.....o que me soa sempre como um tapa na cara, o mesmo que gostaria de dar em muitas pessoas arrogantes que ja cruzaram o meu caminho, sobretudo na marinha...o mesmo tapa que levo todos os dias ao enxergar ao longe, do engarrafamento, o tumulo de meu amigo vitor hugo....o de saber que nao somos nada......

Apenas para reforçar a reflexão, recebi dias desses, atraves do forum da Associação Brasileira de estudos sobre a morte, esse pequeno passo a passo do que ocorre com nosso corpo quando morremos (Catatau e Thiaguinho, perdoe me se repasso algo tecnicamente errado,mas o que vale e a essencia do que o texto descreve e a reflexao que causou)....tenho certeza que ao final da leitura, assim como eu, pensarão : porra, isso aqui nao e nada mesmo, e seguirão um pouco mais humildes, sobretudo aqueles que continuam na MB e que , dentro em breve, terão a chance de a torna la mais humana, já que, economicamente falando, para aqueles que fazem boas leituras economicas e politicas,sabemos que a tendencia e so piorar, mas que me entristece ao ver, já, amigos de turma seguindo já o caminho de se achar, ainda, foda, por ser um mero oficialzinho de marinha:


No instante da morte:
O coração para.
A pele fica rígida e adquire uma cor acinzentada.
Todos os músculos se relaxam.
A bexiga e intestinos se esvaziam.
A temperatura corporal cai normalmente 0,83ºC por hora a não ser que tenha fatores externos que o impeça. O fígado é o órgão que se mantém quente durante mais tempo, pelo qual se costuma medir sua temperatura para estabelecer o momento da morte.
Aos 30 minutos:
A pele fica meio púrpura e com aspecto ceroso.
Os lábios, e as unhas dos dedos empalidecem pela ausência de sangue.
O sangue estagna nas partes baixas do corpo, formando uma mancha de cor púrpura escura que é chamada de lividez.
As mãos e os pés ficam azulados.
Os olhos começam a afundar para o interior do crânio.
Às 4 horas:
Começa a aparecer o rigor mortis.
O enrijecimento da pele e o estancamento do sangue contínuo.
O rigor mortis começa a esticar os músculos durante umas 24 horas, depois das quais o corpo recuperará seu estado relaxado.
Às 12 horas:
O corpo está em estado de rigor mortis total.
Às 24 horas:
Somente agora o corpo adquire a temperatura do ambiente que lhe rodeia.
Nos homens, morrem os espermatozóides.
A cabeça e o pescoço adquirem uma cor verde-azulado.
Esta mesma cor começa a estender-se ao resto do corpo.
Neste momento começa o forte cheiro de carne podre.
O rosto da pessoa fica essencialmente irreconhecível.
Aos 3 dias:
Os gases dos tecidos corporais formam grandes bolhas debaixo da pele.
A totalidade do corpo começa a inchar e crescer de forma grotesca. Este processo pode acelerar se a vítima encontra-se num ambiente cálido ou na água.
Os fluídos começam a gotejar por todos os orifícios corporais.
Às 3 semanas:
A pele, cabelo e unhas estão tão soltas que podem ser retiradas com facilidade.
A pele se racha e arrebenta em múltiplas zonas por causa da pressão dos gases internos.
A decomposição continuará até que não fique nada exceto os ossos, o qual pode demorar em torno de um mês em climas quentes e dois meses em climas frios.
Os dentes são com frequência o único que fica anos ou séculos depois, já que o esmalte dental é a substância corporal mais dura que existe. A mandíbula é assim mesmo a mais densa, pelo que geralmente também perdura .

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Completando quadrado pra resolver equações do 2° grau:

exemplos:
1) x²+3x+2=0
x²+3x+9/4=9/4-2
(x+3/2)²=1/4
x+3/2=1/2 e x+3/2=-1/2
x=-1 e x =-2

2)x²+4x+8=0
(x²+4x+4)+4=0
(x+2)²=-4
x+2=2i e x+2=-2i
x=-2+2i e x=-2-2i

Como começar:
Pra se completar o quadrado primeiramente dividimos por 2 o coeficiente de x, b/a, da equação: ax²+bx+c=0; x²+(b/a)x+c/a=0
3x²+4x+9=0
b/a=4/3;
b/2a=2/3
Portanto o quadrado ficará: (x+2/3)²
como o quadrado de 2/3=4/9, preciso balancear a equação
(x+2/3)²=-3+4/9 (-3 é o termo originado do coeficiente c/a=9/3=3, lembre-se que precisamos sempre manter 1 como coeficiente de x²)
(x+2/3)²=-23/9
x+2/3= √(-23)/3
x+2/3=-√(-23)/3
x=-2/3+√(23)i/3 e x=-2/3-√(23)i/3

Uma equação mais fácil:
2x²-10x+12=0
b/2a=-5/2
(x-5/2)²+6=25/4
(x-5/2)²=25/4-6
(x-5/2)²=1/4
x-5/2=√(1/4)
x-5/2=1/2 e x-5/2=-1/2
x=1/2+5/2 e x=5/2-1/2
x=3 e x=2

Espero q vc tenha gostado,
qq dúvida me escreve